Em 2021, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou a Portaria nº 123, que regulamenta os padrões que devem ser avaliados no controle de qualidade de bebidas. Estão sujeitos a esse controle bebidas compostas, chás, refrescos, refrigerantes, entre outras.
Neste conteúdo, falaremos da importância de manter esse controle de qualidade em dia, explicando também como as ferramentas digitais otimizam os processos internos de inspeção e rastreabilidade para manter a qualidade dos produtos. Continue a leitura e veja quais aspectos você precisa considerar nessa tarefa.
Dia após dia centenas de bebidas são recolhidas dos estabelecimentos devido a problemas como contaminação cruzada, que geralmente é ocasionada por deterioração, fermentação ou mesmo pelo uso de químicos proibidos nas formulações.
É função das equipes de controle de qualidade de bebidas identificar e mitigar esses riscos. Aos fabricantes, cabe a preocupação em relação à conformidade dos componentes utilizados nas bebidas, aos processos de produção e ao embalamento dos itens.
Nesse sentido, a importância do controle de qualidade de bebidas vai além da preservação da saúde e integridade física do consumidor. Esse processo tem relação também com a credibilidade dos estabelecimentos e manutenção de uma rotina corporativa adequada às legislações vigentes.
Hoje em dia, existem softwares especializados que auxiliam as equipes nas tarefas internas para um controle de qualidade mais rigoroso. Um exemplo são as ferramentas de rastreabilidade.
Isso permite que os colaboradores se antecipem aos eventuais problemas surgidos na operação, de modo que possam corrigir as não-conformidades antes de o problema se agravar, o que geraria perdas e prejuízos.
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A seguir, falaremos dos principais aspectos que precisam ser considerados no controle de qualidade de bebidas, envolvendo principalmente as normas da Portaria nº 123, de 13 de maio de 2021 - MAPA, os testes laboratoriais e as auditorias internas que visam atestar a segurança das operações.
Um dos pontos mais importantes da Portaria nº 123/21 é a Declaração Quantitativa de Ingrediente (DQI). A DQI se refere à quantidade de suco ou de polpa presente na formulação de uma bebida.
Conforme a Portaria, esse valor deve ser calculado e informado em porcentagem na embalagem do produto. No caso de bebidas artificiais, a DQI deverá vir expressa da seguinte maneira: “Não contém fruta ou vegetal” ou “0% de fruta ou vegetal”.
Uma novidade trazida na Portaria 123/21 é a categoria de bebidas saborizadas, que são aquelas que utilizam como ingrediente vegetal somente o extrato aquoso. Nesse caso, o rótulo deverá conter, antes da DQI, a expressão “contém apenas”.
Os testes laboratoriais são outro recurso importantíssimo no controle de qualidade de bebidas. Eles são realizados justamente para validar se o produto em questão está de acordo com as normas de segurança exigidas na legislação.
Entre os testes mais comuns no setor estão os microbiológicos, químicos e radiológicos. Esses testes visam identificar problemas a partir da avaliação de ingredientes, sinalizando, por exemplo, resíduos de pesticidas, contaminação cruzada, contaminantes plastificantes, aditivos banidos, entre outras irregularidades.
As auditorias internas são fundamentais para monitorar as operações e avaliar o resultado das medidas de segurança aplicadas. No entanto, uma auditoria depende de uma boa gestão dos indicadores da indústria, especialmente quando o assunto é segurança de alimentos e controle de qualidade.
Afinal, somente com uma avaliação confiável dos indicadores da operação é possível identificar os pontos de melhoria e, assim, definir ações corretivas mais estratégicas. As inspeções guiadas por checklists digitais também favorecem esse processo, sendo, portanto, fundamentais para que os colaboradores avaliem com regularidade o cumprimento das normativas de segurança.
A digitalização de processos na indústria de alimentos e bebidas vem revolucionando os moldes de trabalho do setor. Os ganhos são bastante expressivos, especialmente porque o uso de sistemas digitais acaba “liberando” as equipes de tarefas repetitivas e que antes tomavam muito tempo operacional.
O suporte tecnológico no controle de qualidade, além de otimizar a gestão de indicadores, a rastreabilidade dos processos e as inspeções de segurança, também possibilita que as equipes aproveitem melhor o expediente. Assim, os colaboradores podem focar em demandas mais urgentes na rotina corporativa.
Esse trabalho com dados qualificados e uma equipe alinhada é o segredo para um controle de qualidade efetivo, baseado em decisões estratégicas, correção de gargalos e, sobretudo, cumprimento das normativas de segurança.
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