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SIPAT: o que é, objetivos e como promover na  sua empresa

Escrito por Caroline Stein | 19/12/24 20:00

A SIPAT é um evento anual voltado para a promoção da segurança e da saúde dos colaboradores no ambiente de trabalho. Durante uma semana, a empresa realiza palestras e capacitações para seus funcionários em relação ao tema. 

Realizar a SIPAT traz vantagens como o aumento da conscientização sobre práticas seguras e a promoção de um ambiente mais saudável e, consequentemente, a redução de incidentes. 

Este evento também contribui para a melhoria da imagem da empresa perante aos clientes, retenção e atração de talentos. 

Neste artigo, entenda o conceito de SIPAT e as principais regras de segurança do trabalho para o ramo alimentício. Confira!

 

O que é a SIPAT?

A SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho) é um evento obrigatório em organizações que possuem a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).

Este evento visa conscientizar os colaboradores sobre segurança e saúde no ambiente de trabalho, através de palestras e atividades educativas. A CIPA, responsável pela organização da SIPAT, garante o cumprimento das normas de proteção.

 

O que é a CIPA?

A CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) é uma comissão formada por representantes dos empregados e do empregador, com o objetivo de identificar riscos e propor medidas de prevenção de acidentes no trabalho.

Essa comissão é obrigatória em empresas com mais de 20 funcionários e é regulamentada pela NR-5. O número exato varia conforme o grau de risco da atividade da organização. 

Os funcionários participantes da CIPA ganham estabilidade no emprego até o final do mandato, ou seja, não podem ser demitidos durante este período sem justa causa.  

 

Qual a diferença entre CIPA e SIPAT?

A CIPA é uma comissão permanente que atua na prevenção de acidentes e promoção da saúde nas organizações. Já a SIPAT  é um evento anual organizado pela CIPA das empresas, focado em conscientizar os colaboradores sobre como se proteger e evitar acidentes.

 

Quais são as vantagens da CIPA para empresas?

A CIPA traz diversas vantagens para as organizações, como a diminuição de acidentes de trabalho, o que consequentemente reduz custos com afastamentos e indenizações

Além disso, contribui para aumentar a  satisfação e a produtividade da equipe devido à promoção de um ambiente de trabalho seguro.

A CIPA também ajuda a empresa a cumprir a legislação de segurança, evitando multas e outras penalidades.

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Quais são os objetivos da SIPAT?

Os objetivos da SIPAT incluem educar os colaboradores sobre práticas seguras, diminuir acidentes e doenças ocupacionais e reforçar a importância da prevenção. Este evento também visa engajar todos na criação de um ambiente de trabalho mais protegido e saudável.

 

Qual é a legislação da SIPAT?

A legislação que regulamenta a SIPAT no Brasil está estabelecida pela Norma Regulamentadora 5 (NR-5) do Ministério do Trabalho e Emprego. 

De acordo com esta normativa, a SIPAT deve ser realizada anualmente e é uma obrigação das empresas promover a saúde e segurança dos trabalhadores.

A normativa determina que a SIPAT inclua atividades educativas e de conscientização sobre os cuidados com acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, envolvendo toda a equipe para fortalecer a prática dessas orientações.

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Quais são os temas obrigatórios da SIPAT em 2024? 

Em 2024, os temas obrigatórios da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho incluem questões como ergonomia, saúde mental e estresse, e segurança no uso de equipamentos e ferramentas.

Também é essencial que sejam discutidas práticas de prevenção de doenças transmissíveis e a importância da vacinação para trabalhadores. Esses temas visam promover uma cultura de proteção mais ampla e eficiente, adaptando-se às necessidades e desafios atuais e regionais. 

 

Principais legislações de segurança do trabalho para o ramo alimentício

Assim como em qualquer outra empresa, para garantir a segurança e a saúde no ramo alimentício, as organizações devem seguir uma série de legislações específicas.

Essas normas visam proteger os trabalhadores e assegurar condições adequadas de trabalho, principalmente em um setor com riscos elevados. Dentre as principais estão:

  • Norma Regulamentadora 1 (NR-1): estabelece disposições gerais sobre saúde e proteção, definindo as responsabilidades do empregador e do empregado;
  • Norma Regulamentadora 3 (NR-3): regula a interdição e a suspensão de tarefas quando são identificadas condições que possam representar perigo iminente para a saúde e segurança dos funcionários;
  • Norma Regulamentadora 6 (NR-6): trata do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), estabelecendo as responsabilidades das organizações em fornecer e garantir o uso adequado;
  • Norma Regulamentadora 9 (NR-9): define a obrigatoriedade do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), que visa identificar e controlar os perigos presentes no ambiente organizacional;
  • Norma Regulamentadora 11 (NR-11): regula a proteção no transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais;
  • Norma Regulamentadora 15 (NR-15): trata das atividades e operações insalubres, estabelecendo limites e condições para a exposição dos trabalhadores a agentes químicos, físicos e biológicos;
  • Norma Regulamentadora 17 (NR-17): define as condições ergonômicas para evitar problemas relacionados à postura e ao esforço físico no setor alimentício.

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Como garantir a segurança do trabalho nas indústrias alimentícias?

Garantir a segurança no ramo alimentício é importante para o bem-estar dos colaboradores e para a qualidade dos produtos.  A seguir, listamos  quatro dicas específicas para este setor: 

 

1. Implementação de checklists digitais

Utilizar checklists digitais ajuda a garantir que todas as ações para garantir a segurança dos trabalhadores sejam praticadas. 

Essas ferramentas, que ajudam também nas atividades da operação, também permitem o controle da manutenção de equipamentos e verificação do uso de EPIs. Além disso, facilitam a coleta e o armazenamento de dados para futuras análises e auditorias.

 

2. Treinamento contínuo de funcionários

É necessário oferecer treinamento contínuo sobre procedimentos de segurança, uso adequado de aparelhos, práticas de higiene, atualizações sobre as normativas e requisitos das  auditorias. 

Programas de capacitação devem abordar as peculiaridades do setor alimentício, como a prevenção de contaminações e o manuseio seguro de produtos químicos.

Portanto, é preciso ir além da SIPAT para a promoção de um ambiente de trabalho seguro e saudável. 

 

3. Manutenção regular de equipamentos

Realizar a manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos evita falhas que comprometem a segurança dos colaboradores. 

Inspeções periódicas devem ser agendadas para assegurar que todos os aparelhos estejam em condições ideais de funcionamento e não representem perigos para os operadores. Além disso, a manutenção preventiva evita falhas que também impactam a segurança dos alimentos.

 

4. Controle de ergonomia e jornadas de trabalho

É preciso garantir que o ambiente de trabalho esteja ergonomicamente adequado, evitando esforços físicos excessivos, movimentos repetitivos e má postura, além de respeitar as pausas durante as jornadas. 

Aqui, o setor de RH e os gestores têm papel fundamental no controle das horas trabalhadas, evitando jornadas extenuantes. 

 

5. Sinalização de áreas de risco

Utilizar a sinalização adequada em áreas de risco, como em setores com equipamentos perigosos, pisos escorregadios, ou áreas de armazenamento de substâncias químicas também é essencial para a prevenção de acidentes. 

Afinal, por mais que os colaboradores que atuam em determinado setor conheçam as regras e os riscos, é importante que tudo esteja sinalizado para reforçar o cumprimento das orientações de segurança. 

 

6. Monitoramento da saúde dos trabalhadores

Monitorar o uso dos EPIs é importante, mas, e a saúde dos colaboradores?

Embora muitas empresas ofereçam planos de saúde e outros benefícios similares, é importante que a empresa desenvolva ações preventivas para manter a saúde dos seus colaboradores. 

Palestras sobre alimentação saudável, gamificação para estimular a prática de exercícios e orientar sobre idas ao médico regularmente, antes mesmo de que  as doenças apareçam são algumas das ações. 

Assim, a empresa favorece um ambiente de trabalho saudável e ainda pode reduzir os níveis de absentismo. 

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