Monitorar a qualidade do leite é de extrema importância por conta do risco de contaminação, que vai desde os processos de manipulação da matéria-prima até a exposição na gôndola. Para manter o padrão higiênico, é preciso dedicar atenção, treinar a mão de obra e garantir infraestrutura adequada.
Para isso, o produtor deve aplicar boas práticas e manejos dentro da porteira, seja para a criação das vacas ou armazenamento do produto. Também é necessário aderir a tecnologias que colaboram com o processo de produção. Assim, é possível garantir a qualidade do leite e uma boa reputação deste fornecedor no mercado.
Confira as principais boas práticas agropecuárias do processo de produção do leite.
Os procedimentos estabelecidos para a qualidade do leite garantem produtos lácteos seguros. Ademais, as boas práticas proporcionam aos produtores condições para aumentar e melhorar a produção.
Confira alguns exemplos de boas práticas para implementar:
Os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade (RTIQ) definem os parâmetros mínimos de identidade e qualidade dos produtos de origem agropecuária e industrial. Ao seguir estes critérios, os produtos comercializados atenderão aos requisitos legais e padrões de qualidade para proteger os consumidores.
Entre as categorias de RTIQ de leite, podemos citar:
Segundo determinações da ANVISA e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), as amostras do leite devem ser enviadas para análise em laboratórios credenciados.
Em seguida, o (MAPA) efetuará o acompanhamento e monitoramento da qualidade do leite em cada propriedade rural, exigindo que as não conformidades detectadas sejam tratadas.
A IN 62 determina que o limite de Contagem Bacteriana Total (CBT) passa a ser de 300.000 UFC/ml para 100.000 UFC/ml e a Contagem de Células Somáticas (CCS) passa de 500.000 CCS/ml para 400.000 CCS/ml.
Desta mesma forma, o leite de boa qualidade é aquele que possui baixa população de bactérias chegando até 100/ml e baixa concentração de células somáticas ou CCS do leite até 400ml. Além da IN 62, outras normativas devem ser seguidas, como:
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O uso de checklists digitais permite que o produtor verifique pontos críticos, como higienização de equipamentos e controle de temperatura, de forma sistemática e organizada. Com a automação, é possível registrar cada etapa da produção, garantindo que todas as verificações sejam feitas com consistência e sem falhas.
Além de promover a segurança dos alimentos, o uso de checklists ajuda a evitar perdas por falhas na qualidade e a documentar o histórico das tarefas da operação, facilitando auditorias e rastreabilidade.
Assim, o monitoramento da qualidade do leite é mais eficiente e assegura que o produto atenda aos padrões exigidos, mantendo a credibilidade.
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O leite é um alimento presente na mesa da maioria dos brasileiros. Por isso, a sua produção é de extrema importância econômica e social. Para se ter uma ideia, os produtores deste alimento estão presentes em 98% dos municípios brasileiros, conforme o Mapa do Leite do Governo Federal.
Com mais de 34 bilhões de litros anuais, o Brasil se destaca como um dos maiores produtores mundiais de leite. Em 2022, ocupou a sexta posição no ranking mundial, ficando atrás de países como Índia, União Europeia, Estados Unidos, Paquistão e China.
Os maiores produtores nacionais estão concentrados em três estados: Minas Gerais, São Paulo e Paraná. A desigualdade na produção em diferentes localidades é um dos desafios dos produtores.
Segundo projeções do agronegócio da Secretaria de Política Agrícola, para 2030, permanecem os produtores que se adaptarem às novas tecnologias, e melhorias na gestão, eficiência técnica e econômica.
Como vimos, quando os processos são bem estruturados e realizados dentro dos fundamentos especificados pelas Boas Práticas Agropecuárias, a gestão da qualidade do leite é garantida.
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