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Crescimento da indústria de alimentos: tendências, desafios e números

Alguns temas se tornaram bastante frequentes no debate em torno da indústria de alimentos no Brasil e no mundo. A busca por produtos de qualidade faz parte da tendência de consumo consciente dos últimos tempos.

A preocupação em garantir uma boa política de resíduos e o investimento em outras práticas sustentáveis na indústria de alimentos e no varejo também já são comuns no dia a dia de gestores da área. 

Todos esses fatores estão diretamente relacionados às tendências da indústria de alimentos e de bebidas, fundamentando com mais critério as Boas Práticas de Fabricação e as legislações específicas do setor. E, para se destacar neste mercado, é indispensável ficar atento às mudanças.

É disso que falaremos neste conteúdo, ilustrando o crescimento da indústria de alimentos a partir de números expressivos do Brasil e do mundo. Veja também quais são os principais desafios desse segmento e como superá-los por meio da tecnologia. Vamos lá!

 

Indústria de alimentos: números expressivos para análise 

Estruturar de maneira estratégica os processos internos na indústria de alimentos exige se aprofundar nas tendências de crescimento do setor. Para tanto, é essencial estar por dentro dos números que demonstram a expansão desse segmento. 

Sabemos, por exemplo, que a indústria brasileira de alimentos e bebidas representa uma parcela significativa do PIB nacional (10,8%), gerando empregos formais e diretos em larga escala no país (1,8 milhão). Além disso, o Brasil é o segundo maior exportador de alimentos industrializados no mundo, abastecendo cerca de 190 nações.

Esses números são relativos ao ano de 2022 e foram levantados pelo balanço anual da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia). Ainda segundo a Abia, a indústria de alimentos processa cerca de 58% da produção agropecuária do país. As vendas do setor industrial, inclusive, cresceram cerca de 3,7% em 2022 na comparação com o ano anterior.

Em termos de faturamento, esse aumento foi de 16,6%. Já em termos produtivos, o crescimento foi de 2,5% em comparação com 2021. Em relação ao faturamento total, o setor de alimentos rendeu R$ 898,4 bilhões, enquanto o de bebidas rendeu R$ 177,0 bilhões.

Esse cenário expansivo se estende também em escala global. Consultorias especializadas demonstram que a produção global de alimentos cresceu cerca de 11,1% de 2020 para 2021, com destaque para os segmentos de alimentos e bebidas, massas, padaria e moagem, confeitaria e lanches.

Relacionando essas perspectivas de crescimento ao manejo dos processos internos na indústria e varejo, ressaltamos a importância de estar atualizado. Dessa forma, é possível adotar estratégias  operacionais que sejam de encontro ao mercado. 

Afinal, não há como acompanhar as tendências da indústria de alimentos e de bebidas sem a implementação de processos internos mais criteriosos. A adoção de ferramentas de automação e checklists digitais, otimizam as rotinas dos setores de Gestão da Qualidade e Segurança dos alimentos, permitindo trabalhar de maneira mais fluida, diminuindo custos de coleta e registros de informações operacionais, trazendo à vista os pontos de controle da operação. O que contribui para um rápido resultado da empresa e consequentemente, para a expansão do setor.

Aproveite e entenda como funciona um checklist digital e quais são os ganhos para a indústria de alimentos.

 

Panorama da indústria de alimentos no Brasil

No tópico anterior já trouxemos alguns números gerais que demonstram a expressividade da indústria de alimentos no Brasil. Os dados levantados pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) mostram que o Brasil é capaz de produzir com qualidade, segurança e sustentabilidade, pois é um país que investe constantemente em tecnologia e inovação para otimizar processos de ponta a ponta na cadeia agroalimentar.

Além de extensa e representativa, a indústria de alimentos no Brasil engloba uma ampla diversidade de produtos, como carne, leite, cereais, FVL e bebidas em geral, com forte tradição também na produção de alimentos orgânicos e sustentáveis. Os números trazidos no Balanço 2022 da Abia reforçam essas tendências.  Alguns destaques são:

  • O Brasil é o 1º produtor e exportador mundial de suco de laranja e açúcar; 
  • O Brasil é o 2º produtor e 1º exportador mundial de carne bovina e carne de aves; 
  • O Brasil é o 2º exportador mundial de café solúvel;
  • O Brasil é o 2º produtor mundial de bombons e doces;
  • O Brasil é o 2º exportador e 3º produtor mundial de óleo de soja;
  • O Brasil é 4º exportador e 4º produtor mundial de carne suína.

Para você ter uma ideia de como essa produção se divide em termos territoriais no país, pontuamos quais são os alimentos mais produzidos por região:

  • Sul: a produção de soja é a mais significativa, mas também são bastante cultivados o milho, a cana-de-açúcar e o algodão;
  • Sudeste: os setores mais representativos são o agropecuário, a produção de cana-de-açúcar e de carne bovina, além do café e da fruticultura;
  • Nordeste: a cultura mais representativa é o hortifruti, além do cultivo de cana-de-açúcar e soja;
  • Centro-Oeste: região essencialmente agrícola, respondendo por grande parte da produção de grãos no Brasil, como soja, milho e arroz;
  • Norte: em alguns estados é mais forte a produção de soja, milho e gado, enquanto outros se valem da produção de frutas e peixes.

 

Perspectivas para a indústria de alimentos em 2024

As tendências da indústria de alimentos e de bebidas já vêm sendo desenhadas há alguns anos, conforme a pauta do consumo consciente vai se expandindo entre os consumidores.

Para além dessa questão, as novas tecnologias de otimização da cadeia agroalimentar também configuram as tendências neste setor. Podemos resumi-las conforme os seguintes grupos de alimentos: 

  • Alimentos vegetais, devido ao aumento da população vegetariana e vegana;
  • Alimentos regionais, onde se explora cada vez mais a gastronomia local, associada à culinária específica de certas regiões do país;
  • Alimentos circulares com o “desperdício zero”, que  contribui assim para uma lógica de produção e consumo mais sustentável;
  • Alimentos regenerativos, que acompanham a tendência da produção consciente. O foco não é mais “o que se coloca no prato”, mas sim o modo como esses alimentos são produzidos e os impactos socioambientais que geram.

Nesse sentido, não só os gestores da indústria de alimentos, mas também os donos de varejo e seus fornecedores devem estar muito atentos às tendências de consumo da população e à lógica de produção consciente.

Somente assim todos os pilares da cadeia agroalimentar conseguirão avançar seus negócios de forma escalável e em conformidade com as novas demandas do mercado. Não à toa, processos internos, como a auditoria de fornecedores, passaram a ter mais importância dentro das empresas, que priorizam parceiros alinhados com tais tendências. 

Entenda a importância de selecionar as melhores parcerias para o seu negócio e veja como a tecnologia ajuda você a auditar seus fornecedores.

 

Desafios da indústria de alimentos 

Apesar de as tendências de crescimento na indústria de alimentos e bebidas estarem bastante claras, elas carregam consigo alguns aspectos que nem todos gestores conseguem perceber.

Tratam-se de alguns desafios relacionados, sobretudo, às alterações climáticas que interferem na cadeia produtiva, bem como às mudanças nas legislações do ramo e à necessidade de adotar suporte tecnológico para suprir e monitorar a demanda. 

Para produzir toneladas de alimentos, a indústria precisa alavancar sua produção em relação ao que é produzido atualmente. Todo esse crescimento implica no aumento de gastos com energia e acaba culminando em mais resíduos, o que afeta água e solo. Sem falar na questão do desperdício.

Portanto, investir em boas estratégias de prevenção de perdas é essencial para gerenciar estrategicamente o ramo de alimentos no contexto atual. Ao evitar o desperdício, a indústria garante uma boa relação com a comunidade na qual a empresa está inserida.

Vale lembrar também que conservar a biodiversidade, gerir de forma adequada os recursos hídricos e diminuir o desmatamento são alguns dos pontos abordados pelo padrão ESG atual.

 

Relação entre indústria de alimentos e controle de qualidade 

Ofertar um produto de qualidade é uma tendência que nunca sai de moda. Além de alimentos livres de resíduos de contaminantes químicos, metais pesados e microrganismos prejudiciais à saúde humana, a qualidade do produto ou serviço oferecido pela indústria está relacionada com a satisfação do cliente.

Não à toa, normas específicas – como a ISO 9001:2015 – descrevem os princípios de Gestão da Qualidade para orientar as indústrias em sua lógica de produção. Assim, todos os envolvidos no processo saem ganhando: o setor fica mais competitivo no mercado e a população tem acesso a produtos de excelência e a serviços diferenciados.

Entre os princípios que baseiam a Gestão de Qualidade na indústria de alimentos podemos destacar:

  • Foco na satisfação do cliente;
  • Liderança horizontal e humanizada;
  • Engajamento dos colaboradores;
  • Processos automatizados e inovadores;
  • Decisões baseadas em indicadores sólidos;
  • Gestão adequada e criteriosa de fornecedores;
  • Ajustes e melhorias contínuas nos processos.

Ter atenção a esses aspectos possibilita acompanhar as tendências de crescimento da indústria de alimentos e se adaptar às novas demandas do mercado sem grandes dificuldades.

Se você também está por dentro desse contexto e quer otimizar processos internos para crescer de forma escalável e sustentável, não deixe de investir em suporte tecnológico e de se aprofundar nas legislações do setor. Assim, é possível aprimorar cada vez mais sua Gestão de Qualidade e Segurança na indústria de alimentos.

Quer saber mais sobre o assunto? Entenda o que mudou no Decreto 10.468 (RIISPOA) e o que diz a legislação sobre o uso de sistemas informatizados na indústria alimentícia.