Apesar de terem significados distintos, Food Defense e Food Fraud são conceitos relacionados à defesa da segurança de todos os alimentos produzidos e comercializados.
A intenção é garantir que não haja contaminação intencional nos produtos, independentemente de qual for o motivo da adulteração: com fins ideológicos (Food Defense) ou com fins econômicos (Food Fraud). Continue a leitura, conheça as diferenças e veja como se precaver.
Denomina-se de Food Defense a estratégia de promover a segurança de alimentos e bebidas contra qualquer tipo de ataque intencional, inclusive os de cunho ideológico que levam à contaminação proposital e à consequente interrupção do fornecimento nas prateleiras.
A Organização Mundial da Saúde prega que o combate a essa prática chamada de “terrorismo alimentar” deve ser feito por meio da articulação de medidas preventivas e da detecção de qualquer tipo de fraude que possa ocasionar danos à saúde pública.
São seis os requisitos básicos que devem ser considerados em uma estratégia de Food Defense:
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Enquanto o Food Defense está relacionado à prevenção de ataques de cunho ideológico aos alimentos (motivados pela interrupção do fornecimento, por exemplo), o Food Fraud é um conceito mais mercadológico, voltado para fins econômicos.
O Food Fraud, portanto, visa promover a segurança de alimentos por meio da identificação de uma série de fraudes motivadas por lucro. Isso inclui a substituição, adição, adulteração ou deturpação de determinados alimentos ou embalagens.
Rótulos com informações falsas ou omitidas são um exemplo de fraude que, motivada por ganho econômico, pode ocasionar danos à saúde do consumidor. Esses riscos podem ser:
A seguir, resumimos as fraudes mais comuns relacionadas à segurança de alimentos.
Como vimos, são as fraudes motivadas por fatores mercadológicos, nas quais os produtos são intencionalmente adulterados. Um exemplo é a diluição de um produto líquido para ganho de volume ou rotulagens com dados que induzem o consumidor ao erro.
São as fraudes ocasionadas por fatores da cadeia de produção que influenciam no valor final do produto para o consumidor, sem que esse valor seja plenamente justificado pela qualidade do produto.
São as fraudes relacionadas à contaminação física, química e microbiológica dos alimentos. Uma boa estratégia de Food Safety é aquela que visa preservar ao máximo a integridade dos alimentos, por exemplo, por meio de análises microbiológicas preventivas, manutenção de equipamentos, protocolos de higienização etc.
Como vimos, o conceito de Food Defense está relacionado à prevenção de contaminação de alimentos motivada por fatores ideológicos. Um exemplo prático de medida preventiva nesse sentido é a análise físico-química dos alimentos e bebidas para detecção de substâncias adicionadas de forma intencional.
Embora ambos os conceitos se relacionem à Segurança dos Alimentos e à preservação da saúde pública, vimos que existem uma diferença básica entre o Food Defense e o Food Fraud. No primeiro caso, trata-se de uma perspectiva mais voltada ao “terrorismo alimentar”, como a prática de adulterar produtos para comprometer o fornecimento e o abastecimento das prateleiras.
O Food Fraud, por sua vez, não necessariamente ocasiona dano direto à saúde do consumidor. Um exemplo é a omissão de certas informações nos rótulos para induzir os consumidores a fazerem escolhas alimentares pouco conscientes. A motivação para esse tipo de fraude é sempre de cunho econômico.
Cuidar da gestão de segurança na sua indústria é, portanto, essencial para uma logística de produção alinhada com os conceitos de prevenção de fraudes e com a promoção da saúde pública em larga escala.
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