Aplicar recursos de ESG (Environment, Social and Corporate Governance) é determinante para o sucesso de qualquer negócio. O termo ganhou visibilidade como uma adaptação necessária para o equilíbrio entre consumo, economia e sustentabilidade.
O que é preciso fazer para chegar a um ponto em que o mercado de capitais e a compreensão sobre fatores sócio-ambientais caminhem juntos? E quais são as influências e ganhos diretos do setor de alimentos com isso?
É o que você vai conferir com a leitura deste artigo completo sobre o tema!
Navegue fácil por aqui:
- ESG significado: entenda o que a sigla quer dizer
- Qual a origem dos princípios ESG?
- Por que é importante investir em ESG?
- Quais são os desafios para as empresas?
- Agenda ESG: por que seguir um planejamento?
- O que priorizar na agenda ESG
- Tendências do ESG no setor de alimentos
- O impacto da rastreabilidade na cadeia de alimentos
- Controle de qualidade e ESG: qual a relação?
- Ferramentas para implementar ESG
- Tecnologia para aperfeiçoar o controle de qualidade
- O ESG também depende da tecnologia
Vamos começar falando rapidamente o que quer dizer ESG. A expressão vem da abreviação das palavras em inglês:
Chamamos cada uma dessas frentes de pilares. Se você quiser entender mais sobre eles, pode acessar o artigo no blog da PariPassu com mais detalhes sobre todos os critérios ESG!
O primeiro passo foi dado com a criação do Pacto Global das Nações Unidas, em 2000. A iniciativa partiu da Organização das Nações Unidas (ONU), com a convocação a empreendimentos de todo o mundo para alinharem operações e estratégias no que diz respeito a:
Em 2004, a sigla ESG se consolidou depois do documento Who Cares Wins, resultado da união entre o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) e o Banco Mundial.
Desde então, o movimento visa incorporar à atuação corporativa o pensamento de que um olhar mais humano e consciente é indissociável à maior lucratividade. O objetivo é minimizar impactos negativos e potencializar efeitos positivos na sociedade e nas novas gerações.
Porém, o estudo “A evolução do ESG no Brasil”, realizado pela Rede Brasil do Pacto Global, indica que o País passou a prestar mais atenção no tema recentemente.
No setor empresarial, o relatório diz que 84% de seus representantes afirmaram que, só a partir de 2020, passaram a ter interesse em entender mais sobre a agenda e os critérios ESG. Na internet, entre 2019 e 2020, o uso da terminologia cresceu mais de seis vezes.
O momento, portanto, é de se concentrar em mecanismos que viabilizem transformações. As empresas brasileiras precisam acompanhar o ritmo de países que já estão mais avançados nesse sentido.
De forma resumida, podemos atribuir a relevância do ESG no mundo corporativo a dois regentes que figuram entre os protagonistas para a saúde financeira de um negócio:
Isso mesmo! Basta olharmos alguns números para entendermos o quanto é primordial direcionar investimentos à aplicação de práticas niveladas aos valores de ESG. Vamos a eles!
Os dados acima falam do que move a parte econômica, e ainda falta explicarmos qual é a participação dos consumidores, certo?
Eles são a motivação de tudo isso. 78% dos Millennials se interessam por investimentos sustentáveis, e a parcela da geração Z voltada a essa temática é ainda maior: 84%.
Não raro, muitas pesquisas de tendências e comportamento do consumidor demonstram o quanto a preocupação com as responsabilidades e ações de uma marca interferem na decisão de compra.
Integrar critérios ambientais, sociais e de governança ao mercado de capitais não proporciona benefícios somente às corporações. Pelo contrário: todos saem ganhando!
Se voltarmos um pouco neste texto e considerarmos tudo o que está incluído nos princípios de sustentabilidade, podemos antever vantagens para a natureza, as pessoas no trabalho, a comunidade e uma qualidade de vida melhor em todo o mundo.
Falando especificamente do agronegócio, que é a fonte da alimentação mundial, são muitos os reflexos positivos que o ESG pode trazer a indústrias e empresas do setor. Existem possibilidades de melhorar a distribuição de recursos e de comida, por exemplo.
Para entendermos melhor, podemos partir de alguns dados de projeções do agronegócio. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) fala sobre a estimativa de crescimento de 20% da produção agrícola brasileira até 2030.
Com isso, aumentam também a demanda por energia (em 40%), por água (em 50%) e expansão de cultivos (em 35%).
Buscar saídas em ESG para comportar essas necessidades é a única maneira de obtermos uma equidade de usufruto e retornos ao meio ambiente e às forças de trabalho. Além dos ganhos financeiros, esse tipo de posicionamento favorece o crescimento e desenvolvimento das atividades.
É fato que a transformação promovida por critérios ESG pode trazer muitos benefícios. Agora, é preciso destacarmos também alguns obstáculos que impedem um avanço mais acelerado rumo a essas mudanças.
E nem sempre a dificuldade está em reunir recursos financeiros. Quer ver?
De acordo com a Pesquisa Indústria & Sustentabilidade, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o principal motivo que impede a implementação de ações sustentáveis nas indústrias brasileiras é a falta de uma cultura voltada a esse âmbito.
Observe o gráfico abaixo:
Fonte: Adaptado de Pesquisa Indústria & Sustentabilidade - Confederação Nacional da Indústria
E mais: apenas 22% das empresas possuem metas de sustentabilidade.
Para obtermos uma visão completa sobre o panorama do Brasil, devemos analisar também o agronegócio.
Nosso País é essencialmente movido por commodities. Quando abrimos índices para conhecermos o nível de aplicabilidade de práticas ESG no campo, percebemos que os desafios estão sendo vencidos aos poucos.
A PwC constatou que somente 39% das empresas familiares têm clareza sobre estratégias de sustentabilidade. 47% dos líderes de agrobusiness acreditam que seus negócios precisam fazer mais para divulgarem os impactos ambientais que causam.
Outra pesquisa, feita pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), revelou que o tema da governança e gestão são o segundo maior gargalo do setor no Brasil. O primeiro é infraestrutura.
No relatório sobre a evolução do ESG da Rede Brasil do Pacto Global, por sua vez, o agronegócio foi a divisão de mercado que mais apresentou familiaridade com a sigla ESG. 87% dos participantes ouviram falar sobre o tema em 2020.
Para saber mais sobre isso, vale conferir o artigo “ESG no setor agroalimentar: o que você precisa saber”, no blog da PariPassu!
Na prática, o que está sendo ou o que deve ser feito para assegurar que os pilares de ESG passem a ser parte consistente das empresas brasileiras?
Incluir uma agenda ESG na pauta do planejamento estratégico do negócio é o caminho para assegurar o bem-estar das pessoas e do planeta. E, claro, de ganhar mais dinheiro com responsabilidade!
A competitividade e sobrevivência das corporações também depende disso. O Pacto Ecológico Europeu — conhecido também como Acordo Verde Europeu — é um caso que ilustra bem essa justificativa por direcionamentos ESG.
Os países europeus estão se mobilizando para estabelecer regras com taxas e restrições a produtos que desrespeitem boas práticas sociais e ambientais.
A importação de produtos ligados ao desmatamento, como soja, carne bovina, óleo de palma, madeira, café e cacau, junto a seus derivados, passará a ser muito mais controlada.
Alinhando a transformação das empresas às projeções de crescimento que já abordamos anteriormente, podemos indicar como prioridades na agenda ESG de empresas agroalimentares e de alimentos e bebidas atribuições como:
Em conjunto, são condutas com potencial de formar uma base consistente para a prosperidade dos valores de sustentabilidade.
Junto às sugestões do que pode ser feito daqui para frente, podemos colocar na balança o que tem ganhado maior destaque entre as iniciativas atuais.
No mundo do agronegócio, as ações mais aplicadas até o momento são:
O setor de alimentos e bebidas segue um caminho semelhante:
As informações são da Rede Brasil do Pacto Global.
Como pudemos ver, são muitas as oportunidades de melhoria para inclusão nas agendas das empresas. Examinando os setores de alimentos, bebidas e agricultura, no entanto, algumas determinações estão em maior evidência.
Um estudo da ONG The Nature Conservancy levou em conta mais de quatro mil entrevistas entre Brasil, China, Austrália, Estados Unidos, França, México e Grã-Bretanha. A preocupação com os recursos naturais, os cuidados com espécies nativas e a oferta de produtos sustentáveis são as tendências que prevalecem.
Para alcançarem esse objetivo, a tecnologia e o mapeamento de todas as etapas ao longo da cadeia produtiva são a aposta de produtores, indústrias e varejo.
Temos que levar em conta que a estratégia ESG não depende apenas da sua empresa, mas sim de todos que estão em contato com ela.
Para esse fim, a rastreabilidade é uma ferramenta que permite o conhecimento integral sobre a procedência dos alimentos em qualquer elo da cadeia alimentar.
Vamos partir de um exemplo: se uma indústria de goiabada se propõe a reformular sua produção com foco em ESG, não será o suficiente estimular mudanças que ocorram apenas internamente.
Observe: ainda que ela otimize recursos utilizados na produção, busque uma embalagem reciclável, valorize os funcionários e cumpra todos os critérios possíveis dentro da empresa, suas relações também deverão seguir a mesma linha.
Se o produtor, que planta e colhe a goiaba, estiver desalinhado a práticas ESG, o ciclo não se fecha.
Ou seja: se a goiaba tiver vestígios de agrotóxicos proibidos, ou se a produção não tiver meios efetivos de comprovar sua adequação a normas de saúde e proteção ambiental, o esforço da indústria será em vão. O produto não atenderá às expectativas do consumidor final.
As pessoas procuram por mercadorias que sigam rigorosamente os cuidados com pessoas, meio ambiente e sociedade, desde o cultivo no campo até a chegada na mesa. E, nesse quesito, a rastreabilidade de alimentos é o único instrumento capaz de fornecer a transparência necessária sobre cada processo.
A qualidade dos alimentos é um assunto sempre muito evidente no agronegócio, em indústrias e no varejo alimentar. E, sim, esse é um fator que tem muito a ver com o emprego de atividades orientadas por ESG.
Quando o controle de qualidade é levado a sério, é possível conquistar benefícios como:
Porém, os ganhos não param por aí. Podemos imaginar uma série de outros impactos gerados por esses três pontos, e é a partir disso que conseguimos compreender a relação entre critérios de maior rigor nos processos de qualidade e a sustentabilidade ESG.
Afinal, se…:
Não à toa, todos os itens citados acima estão relacionados aos resultados proporcionados por um sistema de gestão da qualidade bem estruturado, que se baseia fortemente em controle de qualidade para serem executados.
A tecnologia tem capacidade de aumentar a produtividade e de reduzir danos ambientais sob a perspectiva da sustentabilidade. Por essa razão, é considerada uma forte aliada para a implementação do ESG junto a companhias de todos os setores.
No agronegócio e nas empresas de alimentos e bebidas não é diferente. Confira abaixo como algumas ferramentas podem viabilizar transformações essenciais!
A PariPassu trabalha com soluções tecnológicas aplicáveis em todos os elos da cadeia de alimentos. Nosso time de especialistas se compromete a cada dia para facilitar as rotinas, tornando-as mais ágeis e eficientes.
Nosso público inclui:
Cada um dos players acima tem grandes chances de aprimorar técnicas e processos com o apoio da tecnologia.
E, para dar sequência a todo o contexto que apresentamos até aqui, queremos demonstrar o quanto uma ferramenta dedicada a rastrear os alimentos pode contribuir com a sua agenda ESG.
O Rastreador PariPassu se dedica a armazenar todas as movimentações das operações que envolvem um alimento. As informações completas podem ser consultadas a partir de um único código de rastreabilidade que concentra dados sobre:
Tudo isso é realizado de forma automatizada e digital, melhorando a disponibilidade de informações, permitindo o acompanhamento de tudo em tempo real e otimizando o tempo dos procedimentos operacionais.
O Rastreador PariPassu permite a captura de todos os dados necessários para que a cadeia de alimentos seja transparente, atendendo às legislações vigentes.
Entre outras funcionalidades oferecidas, o sistema pode emitir notificações ao identificar alguma irregularidade. Por exemplo: se o seu fornecedor estiver atuando em área de desmatamento ou em área indígena, ou mesmo se ele estiver em desacordo com as leis trabalhistas, você receberá um alerta.
Produtores rurais podem contar com um módulo totalmente voltado à gestão e ao apontamento de manejos, insumos e defensivos.
Integrado ao Rastreador PariPassu, o Rastreador do Campo prepara o produtor para que ele esteja pronto frente às demandas dos mercados e legislações vigentes, com transparência e visibilidade sobre seus cultivos.
Com ele, produtores rurais podem conquistar:
Outro sistema que fortalece os princípios ESG na cadeia agroalimentar é o CLICQ. Ele possibilita a padronização dos processos, entre outras vantagens que você pode conferir na sequência:
O CLICQ elimina o uso de formulários físicos e processos manuais com milhares de papéis e impressões.
Com mais assiduidade e precisão no acompanhamento dos processos, a redução de perdas impacta diretamente no índice de desperdício de alimentos.
Um sistema como o CLICQ muda, para melhor, atividades diretamente ligadas à governança das empresas, como:
Com tudo o que falamos sobre o Rastreador PariPassu e sobre o CLICQ, podemos perceber o quanto a adoção de novas tecnologias pode impulsionar a inserção do ESG no mercado. No nosso caso, especialmente no agronegócio e no segmento de alimentos e bebidas.
Para usufruir dessa e de várias outras vantagens dos sistemas da PariPassu, não perca mais tempo e converse com um dos especialistas do nosso time! Saiba como você pode melhorar o trabalho da sua equipe e ainda colaborar para uma cadeia agroalimentar muito mais sustentável: