O Controle Estatístico de Processos (CEP) desempenha um papel crucial na indústria alimentícia, onde a segurança, qualidade e consistência dos produtos são de extrema importância.
O método permite controlar a variabilidade da produção, evitando que haja produtos fora dos padrões e dos parâmetros estabelecidos pela empresa. O objetivo é identificar o que causou a avaria e eliminá-la para impedir novos erros.
Com isso, o CEP ajuda a identificar e corrigir problemas que poderiam prejudicar a produção dos alimentos. Isso contribui para reduzir desperdícios e garantir eficiência operacional. A seguir, entenda mais sobre esta ferramenta de qualidade e como implementá-la no seu negócio!
O Controle Estatístico de Processos é uma metodologia utilizada na gestão da qualidade industrial para monitorar e controlar os processos de produção. Ele se baseia na análise estatística dos dados coletados, permitindo identificar variações e desvios que possam ocorrer durante a fabricação de um produto.
O conceito fundamental por trás do CEP é o reconhecimento de que qualquer processo de produção está sujeito a variações aleatórias e especiais. As aleatórias são variações normais que ocorrem devido a fatores como flutuações na matéria-prima, mudanças de temperatura, umidade, entre outros.
Por outro lado, variações especiais ocorrem devido a fatores específicos e identificáveis, como falhas no equipamento, erro humano, ou mudanças no ambiente de produção. O objetivo do CEP é distinguir entre esses dois tipos e tomar medidas adequadas para manter o processo dentro dos limites especificados.
Criado em 1924, o método surgiu da necessidade de aprimorar a uniformidade de peças manufaturadas em uma linha de produção. Para isso, são utilizados gráficos de controle que mostram a variação do processo ao longo do tempo, permitindo identificar padrões ou tendências que indiquem a presença de variações especiais.
O principal objetivo do CEP na indústria alimentícia é garantir que os alimentos produzidos sejam seguros para o consumo humano, livres de contaminação microbiológica, química ou física que possam representar um risco para a saúde dos consumidores.
Além disso, o Controle Estatístico de Processos é utilizado para monitorar variáveis críticas da produção, como temperatura, tempo de processamento, pH, umidade, entre outras, a fim de garantir a consistência na qualidade dos produtos.
Ao identificar e corrigir desvios no processo de produção de forma proativa, fica mais fácil reduzir o desperdício, por exemplo — uma questão essencial na indústria de alimentos. Além disso, a ferramenta auxilia na redução de retrabalhos e possíveis custos por produtos não conformes.
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Quando bem aplicado, o Controle Estatístico de Processos oferece uma produção de alimentos seguros, de alta qualidade e consistentes. Isso porque a coleta de dados proporciona aos gestores uma análise precisa e a correção de problemas. Veja as principais vantagens:
É válido pontuar que, garantir a consistência e a qualidade dos produtos alimentícios por meio do CEP, contribui também para a satisfação dos clientes, aumentando a confiança na marca e fidelizando consumidores.
Implementar o Controle Estatístico de Processo na indústria de alimentos requer atenção para garantir o sucesso e a eficácia do método. Ele pode ser aplicado para controlar produções em curso ou para descobrir melhorias fundamentais em prol da estabilidade produtiva.
Confira algumas orientações para colocar em prática:
Ao definir o sistema de coleta de dados é preciso realizá-lo em intervalos regulares e em pontos críticos do processo. Os dados devem ser precisos, consistentes e suficientes para uma análise estatística robusta.
Uma ferramenta essencial no Controle Estatístico de Processos é a carta controle, um gráfico temporal de estatísticas com base nos valores coletados. Ela é utilizada para monitorar a estabilidade e a variabilidade de um processo ao longo do tempo.
A ferramenta conta com os seguintes elementos: uma linha central, que representa o valor médio do característico de qualidade; uma linha superior, que representa o limite superior de controle (LSC); e a linha inferior, que representa o limite inferior de controle (LIC).
Dito isso, o primeiro passo para realizar a análise de dados com o CEP é justamente determinar os limites de controle, ou seja, os intervalos aceitáveis de variabilidade do processo. Em seguida, é hora de construir os gráficos de controle a serem utilizados.
Estes devem ser atualizados regularmente com novos dados à medida que o processo de produção avança e precedem os dois itens abaixo:
Com base na investigação, cabe ao setor de gestão de qualidade implementar ações corretivas apropriadas para resolver os problemas identificados e restaurar a estabilidade do processo. Tais medidas podem ajudar a diminuir a probabilidade de recall, por exemplo.
É importante garantir um registro de todas as análises, conclusões e ações tomadas durante o processo do CEP. Além disso, é importante buscar oportunidades de melhoria para evitar a recorrência de problemas e otimizar a qualidade e eficiência.
Se você quer aplicar o Controle Estatístico de Processos, saiba que a aplicação das Boas Práticas de Fabricação é fundamental. Isso porque, em muitos casos, elas ajudam a especificar parâmetros críticos que serão monitorados pelo CEP.
Para continuar se informando sobre o assunto e melhorar a gestão de qualidade da sua indústria de alimentos, leia um conteúdo completo sobre a Implementação de Boas Práticas de Fabricação em Indústrias.