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Boas Práticas Agrícolas (BPA): o que são e porque aplicá-las

Escrito por Rúbia Pimentel | 21/10/24 14:45
 

As Boas Práticas Agrícolas (BPA) visam aumentar a produtividade das lavouras, proteger a saúde dos trabalhadores envolvidos no plantio e colheita e manter um padrão de qualidade na produção.

Atualmente, a presença da tecnologia na agricultura aliada às Boas Práticas Agrícolas (BPA) permite um controle mais rigoroso da qualidade e segurança dos alimentos. Hoje, inovações como sensores, drones e softwares de gestão favorecem o monitoramento em tempo real de todo o processo produtivo.  

As antigas práticas manuais e menos precisas foram deixadas de lado. Assim, as empresas conseguem levar à mesa dos consumidores alimentos livres de impurezas e benéficos à saúde.

Neste artigo, entenda o conceito de Boas Práticas Agrícolas, como utilizá-las na pré-colheita e porque aplicá-las no seu negócio. Confira!

 

O que são as Boas Práticas Agrícolas?

As Boas Práticas Agrícolas (BPA) são um conjunto de diretrizes e procedimentos adotados na produção agrícola para garantir a qualidade, segurança e sustentabilidade dos alimentos

O uso de tecnologias avançadas, manejo adequado do solo, controle de pragas de forma segura, e respeito ao meio ambiente são algumas BPAs. Essas orientações visam aumentar a produtividade das lavouras e proteger a saúde dos trabalhadores, mantendo a segurança dos clientes e reduzindo o impacto ambiental.

Ao seguir essas práticas, os produtores conseguem oferecer alimentos mais saudáveis e livres de contaminantes, atendendo às exigências do mercado e contribuindo para a sustentabilidade do setor agrícola.

 

Quais são os objetivos das BPAs?

As Boas Práticas Agrícolas (BPAs) têm como principais objetivos proteger a saúde dos clientes, evitando os riscos de doenças que possam surgir do consumo de produtos agrícolas, sejam eles consumidos diretamente ou de forma indireta.

Além disso, as BPAs atestam que os alimentos estejam seguros para o consumo humano, reforçando a confiança dos consumidores na empresa perante o mercado.

A aplicação das Boas Práticas Agrícolas (BPAs) é fundamental para garantir também o cumprimento das normativas de segurança dos alimentos, como as instruções normativas do Ministério da Agricultura e a Resolução da ANVISA.

Neste contexto, um documento elaborado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA contribui para a aplicação das BPAs. Trata-se do Manual de Boas Práticas Agrícolas e Sistema APPCC, que destaca a importância de seguir diretrizes específicas durante as etapas de pré e pós-colheita.   

Nos próximos tópicos, confira um resumo das principais BPAs nas fases da produção agrícola, elaborado com base no Manual de Boas Práticas Agrícolas e Sistema APPCC da EMBRAPA. 

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Boas Práticas Agrícolas na pré-colheita 

As Boas Práticas Agrícolas (BPAs) na fase de pré-colheita garantem a segurança dos alimentos e a qualidade dos produtos agrícolas.

Conforme a Portaria MAPA n° 337/2021, especialmente o artigo 5°, é obrigatório o monitoramento rigoroso de todas as etapas de produção para evitar contaminações e garantir a adequação dos produtos ao consumo humano. Por isso, listamos a seguir as principais BPAs na pré-colheita.

 

Preparação e conservação do solo

Realizar análises regulares do solo e adotar práticas como rotação de culturas e manejo de nutrientes mantém a fertilidade e saúde da terra, contribuindo para o crescimento vigoroso das plantas e evitando o uso excessivo de defensivos agrícolas. 

 

Uso racional de insumos agroquímicos

A aplicação de defensivos agrícolas deve ser feita com critério, respeitando as dosagens recomendadas e utilizando tecnologias que reduzam a deriva e a contaminação do ambiente. Assim, os produtos agrícolas serão seguros para o consumo e a produção trará um menor impacto ambiental.

 

Gestão da água e irrigação

A irrigação precisa ser planejada para fornecer a quantidade exata de água necessária às plantas, evitando tanto o déficit hídrico quanto o excesso, que pode causar erosão e disseminação de doenças. A qualidade da água, microbiológica e físico-quimicamente, também deve ser monitorada.

 

Controle de pragas e doenças

Implementar programas de manejo integrado de pragas (MIP) protege as lavouras de pragas e doenças. Deve-se utilizar métodos biológicos, físicos e químicos de forma equilibrada. Dessa forma, é possível ter uma produção sustentável e reduzir o risco de resíduos químicos nos alimentos.

>> Boas práticas para fazer controle de pragas

 

Higienização de equipamentos e ferramentas

Manter equipamentos e ferramentas agrícolas limpos e bem conservados é uma prática essencial para evitar a contaminação cruzada e garantir a segurança dos produtos durante a fase de pré-colheita. A higienização regular previne a introdução de patógenos no campo.

 

Boas Práticas Agrícolas na colheita

A aplicação das Boas Práticas Agrícolas (BPAs) durante a colheita mantém a integridade dos alimentos e assegura que eles cheguem ao consumidor em perfeitas condições. Abaixo, citamos as principais:

 

Escolha do momento ideal para colheita

O ponto de maturação adequado varia conforme a cultura, influenciando diretamente o sabor, a textura e a durabilidade dos alimentos. Colher no momento ideal aumenta o valor nutricional e comercial dos produtos.

 

Uso adequado de equipamentos 

A utilização de equipamentos específicos e bem ajustados evita danos físicos aos produtos durante a colheita. Manter as máquinas limpas e calibradas também previne a contaminação e preserva a integridade dos alimentos para que cheguem aos clientes em condições ideais.

 

Treinamento de equipes 

O treinamento dos trabalhadores na correta manipulação das culturas durante a colheita reduz danos mecânicos e contaminação. Equipes bem preparadas contribuem para uma maior eficiência e conservação da qualidade,  diminuindo perdas e desperdícios.

 

Manuseio e transporte adequado dos produtos

Após a colheita, o manuseio cuidadoso e o transporte rápido dos produtos para locais de armazenamento ou processamento ajudam a preservar a qualidade. Evitar exposições prolongadas ao sol, umidade ou impactos durante essa fase mantém a integridade do produto.

 

APPCC e as Boas Práticas Agrícolas

A relação entre a Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) e as Boas Práticas Agrícolas (BPAs) é complementar e essencial para a segurança alimentar.

As BPAs servem como a base para a implementação eficaz do APPCC, atestando que as práticas adequadas sejam adotadas desde o campo até a colheita.

As BPAs minimizam os riscos de contaminação inicial, ao passo que o APPCC identifica e controla os pontos críticos em qualquer nível de processamento do alimento, assegurando que os alimentos cheguem ao consumidor final com segurança e qualidade.

 

Porque aplicar as BPAs no seu dia a dia

Seguir as Boas Práticas Agrícolas (BPAs) oferece inúmeros benefícios para produtores e compradores. Um dos principais é a proteção no processo produtivo, garantida pelo manejo cuidadoso de agentes químicos e biológicos, uso adequado de EPIs e aplicação correta de defensivos.

Além disso, as BPAs contribuem para o aumento da receita do produtor ao reduzir desperdícios e melhorar a produtividade. Ao adotar essas práticas, é possível monitorar e reduzir perdas, fortalecendo a reputação do negócio e impulsionando seu crescimento no mercado.

A tecnologia é um recurso importante que apoia a aplicação das BPA’s. O Rastreador do Campo, da PariPassu, é uma solução que oferece o controle e transparência às operações no campo, favorecendo tomadas de decisões assertivas, baseadas em dados reais. Gestão e apontamento de manejos, monitoramento de insumos e defensivos são algumas dessas funcionalidades. 

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